Não há aqui a procura de um certo tipo de elegância, algumas dores não devem ser polidas, mas posso ver cicatrizes douradas, lascas de ossos transformadas em versos, marcas de unhas e lágrimas nas páginas.
Cada poesia é um artefato desse conflito íntimo, um objeto moldado pelo ato de se pressionar contra as próprias bordas, de se despir de todas as camadas para que então revele o núcleo do real desejo: o que mora no fundo do olho, no sal de seu suor e suas lágrimas – querer estar vivo, apesar de tudo. Querer sentir um amor justo e incondicional. Querer reaprender a respirar. Querer, com toda força, não perder o gosto pela vida.
Alma Aiye Dun no prefácio do livro Poesias e outros arte fatos de auto fricção de Aiyê Ti Eso
Poesias e outros arte fatos de auto fricção de Aiyê Ti Eso
edição e revisão // Lígia Sene
edição e prefácio // Alma Aiye Dun
apresentação // Cátia Regina
posfácio // Gabriel Sanpêra
orelha // Marcelo Ricardo
ilustração da capa // Ricardo Caldeira
direção de arte // Victor PradoPrimeira edição, agosto de 2025, aprox. 100p.
Franca — São Paulo, Brasil© Aiyê Ti Eso, 2025