[...] Mas sua poesia chegou assim, fazendo-me quase morder a língua, querendo declamá-la inteira, até entre soluços. De repente, vi estas Línguas estranhas, que você escolheu como título deste conjunto de palavras inadiáveis, saindo da minha própria boca. Não temi, porém. Percebi, ao cabo de alguma reflexão, que passei a acreditar em certos milagres. A devotar minha fé a um certo tipo de milagre. E esse certo tipo, não por acaso, é o que você opera quando escreve. Quando traz sua cor, seu gênero, seu passado, sua família, suas dores para o centro do mundo e desfolha tudo em nome da Poesia — minha amiga, sua amiga, nossa amiga com iniciais maiúsculas, divina.
Oluwa Seyi no posfácio do livro
Línguas estranhas - para enterrar os mortos de Alma Aiye Dun
edição // Lígia Sene & Gabriel Galbiatti Nunes
revisão // Gabriel Galbiatti Nunes
capa e projeto gráfico // Victor Prado
imagens // Cipriano, Alma (capa), Minha mãe e eu (quarta-capa)
e Entre (p. 15), 2022, técnica mista desenho sobre monotipia em papel canson, 38 x 27 cm.Primeira edição, abril de 2023, 280 p.
Franca — São Paulo, Brasil© Alma Aiye Dun, 2023
ISBN • 978-65-86208-18-4